quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Titãs - Cabeça Dinossauro - 1986

Titãs - Cabeça Dinossauro - 1986 


1. "Cabeça Dinossauro"   Arnaldo Antunes, Branco Mello, Paulo Miklos Branco Mello 2:19
2. "AA UU"   Marcelo Fromer, Sérgio Britto Sérgio Britto 3:01
3. "Igreja"   Nando Reis Nando Reis 2:47
4. "Polícia"   Tony Bellotto Sérgio Britto 2:07
5. "Estado Violência"   Charles Gavin Paulo Miklos 3:07
6. "A Face do Destruidor"   Arnaldo Antunes, Paulo Miklos Paulo Miklos 0:34
7. "Porrada"   Arnaldo Antunes, Sérgio Britto Arnaldo Antunes 2:49
8. "Tô Cansado"   Arnaldo Antunes, Branco Mello Branco Mello 2:16
9. "Bichos Escrotos"   Arnaldo Antunes, Sérgio Britto, Nando Reis Paulo Miklos 3:14
10. "Família"   Arnaldo Antunes, Tony Bellotto Nando Reis 3:32
11. "Homem Primata"   Ciro Pessoa, Marcelo Fromer, Nando Reis, Sérgio Britto Sérgio Britto 3:27
12. "Dívidas"   Arnaldo Antunes, Branco Mello Branco Mello 3:06
13. "O Que"   Arnaldo Antunes Arnaldo Antunes 5:38

Cabeça Dinossauro é o terceiro álbum de estúdio da banda brasileira de rock Titãs, lançado em junho de 1986. Foi incluído na lista dos 100 melhores discos da música brasileira ficando com a 19ª posição.

Lançado em finais de junho de 1986, não só marcou a estréia da parceria da banda com o produtor Liminha como também garantiu o primeiro disco de ouro para a banda, em dezembro do mesmo ano1 .
A prisão de Arnaldo Antunes e de Tony Bellotto, nos finais de 1985, por porte de heroína, e a clara vontade da banda querer buscar uma unidade sonora – mais precisamente, pesada - influenciaram na mudança estética que a banda tomou neste LP, após a expressão de uma sonoridade um tanto confusa (que poderia revelar algumas boas canções) nos dois álbuns anteriores.
A capa foi baseada em um esboço do pintor italiano Leonardo Da Vinci, intitulado A expressão de um homem urrando. Um outro desenho de Da Vinci, Cabeça grotesca, foi para a contracapa do disco.2
Ainda que remetesse muito ao punk rock, o disco mostra que os Titãs interviam ainda no reggae ("Família"), no funk ("O Quê?", "Bichos Escrotos" e "Estado Violência") e até mesmo em um cerimonial dos índios do Xingu (na faixa-título). Nas letras, vários pilares da sociedade foram discutidos acidamente, expressas a começar pelo título das canções: "Polícia" (de Tony), "Igreja" (de Nando Reis), "Estado Violência" (primeira colaboração do baterista Charles Gavin como compositor dentro da banda). Há também críticas acerca do estado capitalista ("Homem primata") e os tributos abusivos pagos pela população ("Dívidas").
A banda deu caráter antológico à obra ao resgatar "Bichos Escrotos", canção que tocavam desde 1982 e que só pôde ser gravada nesta ocasião. Mesmo assim, a censura vetou a faixa nas rádios por conta do verso "vão se foder", o que não desencorajou algumas rádios a tocarem uma versão com a tal frase vetada, às vezes até a própria versão original, o que acarretava um pagamento de multa.
Das 13 faixas do álbum, 11 foram executadas em rádios - como únicas exceções as faixas "A Face do Destruidor" e "Dívidas".
Em 1997, a revista Bizz elegeu Cabeça Dinossauro como sendo o melhor álbum de poprock nacional, isto quando a banda ainda daria um salto maior comercialmente, com o Acústico MTV Titãs.
Em 2012, em comemoração aos 30 anos da banda, o álbum passou a ser executado na íntegra nos shows e foi relançado com as 13 canções originais, mais as versões demo delas e a inédita Vai pra Rua, de Arnaldo e Paulo Miklos.3 . Um dos shows dessa turnê foi registrado e lançado em CD, DVD, Blu-ray e Download digital, intitulado Cabeça Dinossauro ao Vivo 2012. O álbum foi lançado no final do mesmo ano.

Titãs

Arnaldo Antunes - voz e vocais
Branco Mello - voz e vocais
Paulo Miklos - voz e vocais
Nando Reis - baixo, voz e vocais
Sérgio Britto - teclados, voz e vocais
Marcelo Fromer - guitarra base
Tony Bellotto - guitarra solo
Charles Gavin - bateria


Participações especiais

Liminha - guitarra em "Família" e "O Que"; percussão em "Cabeça Dinossauro"; DMX, Drumulator e efeitos em "O Que"
Repolho - castanhola em "Homem Primata"
Produção musical
Liminha - produtor, direção artística e musical
Vitor Farias - produtor, engenheiro de gravação
Pena Schmidt - produtor
Bernardo - assistente de estúdio
Ricardo Garcia - masterização
Gravado no Estúdio Nas Nuvens, Rio de Janeiro-RJ, em março e abril de 1986
Produção gráfica
Sérgio Britto - capa
Vânia Toledo - fotos
Silvia Panella - arte final
José Oswaldo Martins - corte

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