terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Yes - Relayer - 1974

Yes - Relayer - 1974


1. "The Gates of Delirium"   21:50
2. "Sound Chaser"   9:26
3. "To Be Over"   9:06
4. "Soon (Single edit)" (Anderson) 4:18
5. "Sound Chaser (Single edit)"   3:13
6. "The Gates of Delirium (Studio run-through)"

Relayer é o sétimo álbum da banda de rock progressivo Yes. É o único a contar com o tecladista Patrick Moraz (futuro Moody Blues), que entrou no lugar de Rick Wakeman, saído do grupo em 1973. Depois deste álbum, os membros passaram a se dedicar mais às suas carreiras solo, tal que o próximo álbum só seria lançado em 1977.

Depois do ambicioso álbum duplo Tales from Topographic Oceans, Rick Wakeman deixou o grupo para se concentrar em sua carreira solo. Para conseguir um substituto, a banda fez diversas audições com diversos tecladistas, sendo que o mais próximo de conseguir o cargo foi o tecladista grego Vangelis. No entanto, ele acabou não entrando para a banda, por razões desconhecidas, mas sua aproximação com os integrantes do Yes foi importante para a futura empreitada dele com Jon Anderson, o vocalista. Assim sendo, a banda continuou com as audições e acabou decidindo por Patrick Moraz, tecladista e pianista clássico suíço radicado na Inglaterra.
O álbum tem o mesmo formato musical de Close to the Edge, de 72: um longo e imponente épico no primeiro lado, abrindo o LP, e duas longas músicas no segundo lado, porém mais curtas que a primeira: ambas com 9 minutos. "Gates of Delirium" é uma peça impactante de 22 minutos inspirada pelo livro Guerra e Paz de Leo Tolstoy. A letra se refere justamente à guerra, dizendo como ela é desnecessária e contando suas futilidades1 . É uma das músicas mais agressivas feitas pela banda, musical e liricamente falando. No entanto, aos 16 minutos ocorre um contraste, uma vez que a música torna-se bem mais suave e calma, como se outra começasse a partir daquele ponto. Daí até o final, esta melodia gentil continua e encerra o épico. Esta parte que difere do resto da música foi intitulada "Soon" e lançada como um single em 1975. O segundo lado começa com "Sound Chaser", uma música mais experimental e com grande influência do jazz, contendo elementos típicos do chamado Jazz rock (gênero que esteve em alta no final da década de 60 e na de 70 inteira). Contém alguns improvisos por parte dos membros da banda e todos tocam um solo, tornando a música muito difícil de ser executada. Destacam-se a bateria rítmica, técnica e virtuosa de White, o sintetizador bem elaborado de Moraz, a guitarra ácida de Howe, e o baixo rápido e ao mesmo tempo seguro de Squire. O álbum termina com "To Be Over", a música mais calma e melódica do disco, que conta com suaves arranjos no teclado acompanhados por uma guitarra Steel com pedal (também usada na primeira música) e uma cítara elétrica (ambas tocadas pelo guitarrista Steve Howe).
O nome do álbum vem da letra da música "The Remembering (High The Memory)", do álbum anterior. A capa foi desenhada por Roger Dean, artista responsável pela maioria das capas de álbuns da banda.
A reação da crítica para com Relayer, vindo depois de um álbum controverso, foi variada. Alguns disseram com pesar que o Yes estava "perdido" e "sem inspiração", enquanto outros afirmaram que esta era uma obra-prima e talvez o melhor álbum da banda. De qualquer forma, comercialmente falando, o álbum foi um sucesso, chegando a disco de ouro e entrando nas paradas de sucesso britânicas e estadunidenses. Sem dúvida, o som de Relayer é bem diferente do que o Yes já havia produzido, criando novas atmosferas, com instrumentações e execuções extremamente complexas, vocais dramáticos e realísticos e temas diferenciados dos anteriores.

Ficha Técnica

Jon Anderson - Vocal principal, Violão, Percussão
Chris Squire - Baixo, Vocal de apoio
Steve Howe - Guitarra, Violão, Guitarra Steel com pedal, Cítara elétrica, Vocal de apoio
Patrick Moraz - Sintetizador, Teclado, Piano
Alan White - Bateria, Percussão

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