quarta-feira, 29 de maio de 2013

Paul McCartney - McCartney (1970)

Paul McCartney - McCartney (1970)


  1. The Lovely Linda – 0:44
  2. That Would Be Something – 2:39
  3. Valentine Day – 1:40
  4. Every Night – 2:32
  5. Hot as Sun/Glasses" – 2:07 Segundo Paul, ele compôs "Hot as Sun" na época do Quarrymen por volta de 1959   Glasses
  6. Junk – 1:55 Originalmente escrita em 1968 durante a viagem dos Beatles à Índia
  7. Man We Was Lonely – 2:57
  8. Oo You – 2:49
  9. Momma Miss America – 4:05
  10. Teddy Boy" – 2:23 Originalmente escrita em 1968 durante a viagem dos Beatles à Índia
  11. Singalong Junk – 2:35
  12. Maybe I'm Amazed – 3:51
  13. Kreen-Akrore – 4:15
McCartney é o nome do primeiro álbum solo do músico, multiinstrumentista e compositor britânico, Paul McCartney após a separação oficial dos Beatles. Lançado em 17 de Abril de 1970 no Reino Unido, é conhecido pelo fato de Paul ter tocado todos os instrumentos e gravado todos os vocais para o álbum, com exceção de vocalizações que ficaram por conta de sua mulher na época, Linda McCartney.
O álbum contém jams-de-um-só-homem, canções que foram compostas durante o período de retiro espiritual dos Beatles na Índia em 1968 que ficaram fora dos últimos discos do conjunto, uma música que McCartney afirma ser da époda dos Quarrymen (conjunto anterior aos Beatles em parceria com John Lennon, posteriormente tendo George Harrison se juntado) escrita em 1959, e material novo. Segundo Paul, ele tocou baixo, bateria, guitarra, guitarra solo, piano, mellotron, órgão e xilofone de brinquedo .
O grande sucesso do álbum ficou por conta da música "Maybe I'm amazed", que poderia ter sido muito bem, na opinião dos fãs, o primeiro single "número 1" de Paul. A música é tida como um dos maiores sucessos Pós-Beatles de McCartney, e foi repetidamete incluída nos repertórios de todas as suas excursões mundiais.

História 

No dia 20 de Agosto de 1969, os Beatles realizaram a última sessão de gravação, tocando todos juntos, no Abbey Road para o disco, também intitulado Abbey Road. Ocorreram outras sessões de gravações após a data em que até três Beatles tocaram juntos, mas nunca mais como quarteto. Também em Agosto, realizaram a última sessão de fotos como Beatles, posando para as câmeras de Linda McCartney. Ringo Starr afirma que não estava combinado explicitamente que aquele seria o último disco dos Beatles, mas todos subentendiam e sentiam que seria.
Naquela altura, todos os quatro Beatles estavam envolvidos em projetos parelelos. John Lennon já havia anunciado, em 1968, sua intenção de deixar os Beatles e se dedicar à Plastic Ono Band em parceria com Yoko Ono. Já havia lançado três discos de música experimental e se apresentado fora dos Beatles, no The Rolling Stones Rock And Roll Circus fazendo Yer Blues, faixa do White Album dos Beatles, em 11 de Dezembro de 1968. Apresentara-se também no Sweet Toronto Festival em Setembro de 1969, antes do fim oficial dos Beatles. Também em 1969 John Lennon lançara singles com a Plastic Ono Band.
Ringo Starr também já trabalhava em seu disco solo, o Sentimental Journey, que seria lançado em Março de 1970, trazendo regravações de clássicos americanos dos anos 40 dedicados à sua mãe. O álbum trazia inclusive arranjos feitos por McCartney para a faixa Stardust. George Harrison já havia lançado em 1968 seu disco de música experimental chamado Wonderwall Music, e em 1969, o Electronic Sound. Também estava trabalhando em seu disco triplo que se chamaria All Things Must Pass, grande sucesso de sua carreira solo.
Os Beatles naquela altura já estavam separados de fato, mas devido às negociações contratuais de Allen Klein com a EMI, isso deveria ser mantido em segredo. É nesse contexto que o álbum McCartney vai surgir. Paul McCartney, passando por momentos de tristeza, retira-se para sua pequena fazenda na Escócia com a mulher, Linda, a enteada Heather e a filha recém-nascida Mary. McCartney, superando as inseguranças, volta antes do natal para Londres e começa a trabalhar no seu primeiro disco solo.
McCartney, vendo-se sem seus companheiros Beatles, sentia-se inseguro, pois nunca havia trabalhado como artista solo antes, e queria provar para si mesmo que ainda seria capaz de produzir música sem seus ex-parceiros. Então, fez o que todos já tinham feito, começa a gravar, sozinho, com seu próprio equipamento: um gravador de quatro canais, instrumentos e um microfone. Então, pronto o disco, McCartney reaparece em público, lança seu disco em 17 de Abril, antes do disco dos Beatles, Let It Be, que ainda estava sendo finalizado desde Janeiro de 69, quebra o silêncio e anuncia o fim dos Beatles.

Crítica 

O primeiro álbum de McCartney não foi muito bem recebido pela crítica, que o considerou muito cru e soando muito caseiro. Mas mesmo assim o disco ainda alcançou o segundo lugar nas paradas do Reino Unido, e primeiro lugar nos Estados Unidos. É comum encontrar fãs de McCartney que defendem seu disco de estréia como músico solo, justamente por ser simples, expressando uma musicalidade mais pura com produção menos complexa, ao contrario do que acontecera nos últimos álbuns dos Beatles,e especialmente o que aconteceria com a mixagem de Let It Be, por Phil Spector. Os últimos discos dos Beatles tinham produção muito complexa e refinada, era essa a linha que McCartney queria quebrar.


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