quarta-feira, 20 de julho de 2011

Assis Valente - Biografia

Assis Valente - Biografia




Assis Valente

José de Assis Valente
19/3/1911 Bahia
10/3/1958 Rio de Janeiro, RJ


Compositor.

Nasceu, segundo seu relato, em plena areia quente, no Caminho de Bom Jardim a Patioba, na Bahia, durante uma viagem de sua mãe. Teve uma infância conturbada, tendo sido roubado dos pais - José de Assis Valente e Maria Esteves Valente - e entregue depois a uma familia para ser criado. Trabalhava até ficar exausto durante a semana e, aos sábados, ia à tarde fazer feira com sua patroa. Vagou com um circo pelo interior, no qual, entre outras coisas, cantava: "Vejam só \ Vejam só \ A roupa que há cem anos, já usava minha avó \ Veio a vez \ veio a vez \ De cada roupa dessas se fazer duas e três". Em Salvador, trabalhou como farmacêutico, fez cursos de desenho no Liceu de Artes e Ofícios e profissionalizou-se como especialista em prótese dentária. Transferiu-se para o Rio de Janeiro, em 1927 e empregou-se como protético. Após muita luta, conseguiu publicar alguns desenhos no Shimmy, Fon-Fon, etc.

No início dos anos 1930, começou a compor sambas. Em 1932, conheceu Heitor dos Prazeres, que muito o incentivou. Em princípios de 1941, casou-se com Nadili, com quem teve sua única filha, Nara Nadili nascida em 1942. Pouco depois o casal se separou. A 13 de maio de 1941, no apogeu de sua carreira de compositor, o Rio de Janeiro foi sacudido com a notícia de que ele se tinha atirado do Corcovado e, milagrosamente preso a um galho de árvore, fora libertado por uma equipe do Corpo de Bombeiros. Mas, embora salvo, moralmente prosseguiu em sua queda do abismo. Nunca mais foi o mesmo. Seu nome foi, aos poucos, sendo esquecido e, a partir de então, só esporadicamente voltava ao cartaz. Anos depois da primeira tentativa, quando Elvira Pagã, com escândalo, cobrou-lhe uma dívida de Cr$ 4.000,00 (quatro mil cruzeiros), tentou novamente o suicídio, dessa vez com lâmina de barbear. Passou então a viver de seu laboratório de prótese dentária e esporadicamente de sua música. Mas, para pagar o laboratório, era geralmente obrigado a contrair novas dívidas. Ao contrário do que muitos pensavam, continuava a compor. Freqüentemente mostrava aos íntimos uma composição nova, de rara beleza. Compunha quase uma música por dia. Não conseguia, entretanto, gravá-las. No máximo, quando as dívidas apertavam, vendia um samba que depois, assinado por outros, fazia sucesso. A 10 de março de 1958, desesperado com sua situação financeira, resolveu suicidar-se. Deixou a casa em que morava, na Rua Santo Amaro, 112, seguiu para o seu consultório na Cinelândia, onde permaneceu até cerca das l3h30 min. Às 15 h foi à Sbacem, sociedade arrecadadora de direitos autorais à qual estava filiado, para se informar de seus rendimentos. Estava tão nervoso que o tesoureiro da Sbacem, Joubert de Carvalho, deu-lhe um sedativo. Ás 16h30 min telefonou para seu laboratório dando instruções a seus empregados do que deveria ser feito após sua morte. Às 17h30 min telefonava para seu editor, Vicente Vitale, e para o embaixador Pascoal Carlos Magno comunicando-lhes que iria se matar. Vitale ainda tentou ligar para a Polícia: era tarde. Exatamente às 17h55 min, portanto, oito dias antes de seu 47º aniversário, em um banco da Praia do Russel, junto de um play-ground onde brincavam crianças, tomou formicida com guaraná. Vestia calça azul-marinho e blusão amarelo. Em seus bolsos foram encontrados um par de óculos, uma carteira de identidade com o retrato rasgado, uma carta para a polícia e duas notas velhas de cinco cruzeiros. Na carta, entre outras coisas, esclarecia que morria por sua vontade, estando seriamente endividado, e fazia um apelo ao público para que comprasse seu novo disco "Lamento". Pedia ainda a Ary Barroso que pagasse o aluguel atrasado de duas residências. E acrescentava: "Vou parar de escrever, pois estou chorando de saudade de todos, e de tudo".

Gravado em 1932, seu primeiro samba "Tem francesa no morro" tornou-se sucesso na voz de Aracy Cortes.

Por essa época, quando assistiu em um teatro da cidade Carmen Miranda cantar "Sorriso Falso", de Cícero Almeida, ficou fascinado. "Fiquei apaixonado por ela, não só como cantora, mas como mulher principalmente", confessou um dia. E fez tudo, então, para conhecê-la. Tornaram-se amigos, e Carmen Miranda, sempre que podia, incluía em seu repertório um samba dele. Indo um dia a Vila Isabel, a uma festa em que se declamava muito Olegário Mariano, Menotti del Picchia, etc., e senhoras e almofadinhas baratos da época trocavam muitos bye-byes, sentiu-se inspirado e fez o famoso "Good-bye, Boy", onde criticava o excesso de americanismos na língua brasileira, especialmente para Carmen Miranda, que acabou por se tornar posteriormente a maior intérprete e divulgadora de seus sambas. Esse samba foi gravado em 1932 em disco que tinha ainda o samba "Etc...". Teve ainda no mesmo ano gravadas por Moreira da Silva a marcha "Pra lá de boa" e o samba "Oi Maria". Nesse ano, quando estava solitário no quarto onde morava na Praia de Icaraí em Niterói, em pleno Natal, compôs a marcha "Boas festas" que se tornaria a canção natalina mais conhecida dos brasileiros e uma das poucas do gênero que conseguiu sobreviver. Seu sucesso foi de extrema importância para ele e também para Carlos Galhardo, ambos em início de carreira à época do lançamento em dezembro do ano seguinte, em disco que trazia também o samba "Pão de açúcar", com Artur Costa. Ainda em 1933, na Victor, Carmen Miranda gravou as marchas "Tão grande, tão bobo" e "Lulu" além do samba "Sapateia no chão" e Moreira da Silva os sambas "Abre a boca e fecha os olhos" e "Levante o dedo" e as marchas "Olha à direita" e "Cadê você meu bem". Também nesse ano, Aurora Miranda gravou na Odeon o samba "Sou da comissão de frente" e a marcha "Quando eu queria você", com Milton Amaral. Para as festas juninas deste mesmo ano, compôs "Cai, cai balão" marcha gravada em dupla por Francisco Alves e Aurora Miranda. Ainda em 1933, teve as marchas "Não sei pedir seu coração" e "Beijinhos" gravadas pela cantora Elza Cabral.

No ano seguinte, Carlos Galhardo gravou na Victor a marcha "Marcolina" e o samba "Sinos da Penha". Nesse ano, Carmen Miranda gravou com grande sucesso o samba "Minha embaixada chegou" em disco que trazia também a marcha "Té já".

Em 1935, mais quatro composições lançadas por Carmen Miranda, a marcha "Recadinho de Papai Noel" e os sambas "Por causa de você, Ioiô", "E bateu-se a chapa" e "Isso não se atura". Nesse ano, Almirante gravou a marcha "Deixe de ser palhaço" e o samba "Pensei que pudesse te amar", Mário Reis, o samba "Este samba foi feito pra você", com Humberto Porto e o Bando da Lua, o samba "Mangueira", com Zequinha Reis. Nesse ano, Francisco Alves gravou na Victor as marchas "Olhando o céu todo estrelado" e "Mais um balão". Teve mais quatro composições lançadas pelas irmãs Miranda em 1936, Aurora lançou a marcha "Vem comigo", com Jocelino Reis e o samba "Ao romper da aurora", com Leandro Medeiros e Carmen, a marcha "Ô..." e o samba "Fala meu pandeiro". Ainda nesse ano, a cantora Sônia Carvalho gravou os sambas "Sem você não há prazer", "Você quer se ver livre desse mundo", com Roberto Azevedo e "Eu vivia no morro", o Bando da Lua, as marchas "Cirandinha" e "Só conheço uma" e os sambas "Que é que Maria tem" e "Maria boa", este um grande sucesso carnavalesco e Orlando Silva os sambas "Não é proceder" e "Já é de madrugada".

Em 1937, teve lançadas pelas Irmãs Pagãs na Victor, os sambas "O samba começou" e "Tristeza", com Zequinha Reis e por Orlando Silva, também na Victor os sambas "Alegria", com Durval Maia, outro grande sucesso e "Minha intenção", com Nelson Peterson. Também em 1937, Carmen Miranda gravou na Odeon o samba-choro "Camisa listrada" feito exatamente para seu estilo brejeiro e malicioso, que se tornou um dos sambas preferidos dos foliões naquele ano. "Camisa listrada" chegou mesmo a ganhar o primeiro lugar em concurso promovido pela Prefeitura do Rio de Janeiro na noite de sexta-feira, véspera de Carnaval, no auditório da Feira de Amostras. Porém, no domingo saiu em jornal a notícia da anulação deste resultado "em virtude do não-comparecimento do presidente da comissão nomeada no edital".

Em 1938, Carmen Miranda lançou o samba-choro "E o mundo não se acabou", uma perfeita crônica sobre o fim do mundo, devido à possível colisão do cometa Halley com a Terra. Em 1939, teve gravados por Nuno Roland o batuque "Cai sereno" e o samba-choro "Coração que não entende" e por Almirante o samba "É feio, mas é bom" e a marcha "Pequena endiabrada", com Leandro Medeiros. Ainda nesse ano, Cinara Rios gravou o samba "Jarro d'água", que satirizava a falta d'água no Rio de Janeiro, e os Trigêmeos Vocalistas o sambas "Sacrifício demais", com Leandro Medeiros e "Esquece tudo", com Milton Valente. Nesse ano, Carmen Miranda gravou os sambas "Uva de caminhão", cuja letra mencionava a super safra de uva vinda do Sul, quando esta passou a ser vendida em caminhões pelas ruas da cidade e"Deixa comigo".

Em 1940, compôs para Carmen Miranda o samba "Brasil pandeiro", na ocasião em que a cantora voltava ao Rio de Janeiro após sua primeira viagem aos Estados Unidos. Carmen Miranda não gostou da composição, fato que o deixou desolado. O samba "Brasil pandeiro" acabou sendo lançado pelos Anjos do Inferno no ano seguinte em gravação Columbia e foi incluída no filme "Céu azul", de J. Rui. Ainda nesse ano, teve sua última composição gravada por Carmen Miranda, o samba "Recenseamento" feito para comentar o censo geral do Brasil determinado pelo então presidente Getúlio Vargas. No período de 1933 a 1940, teve um total de 25 sambas e marchas gravados por Carmen Miranda. Em 1941, Nuno Roland regravou o samba "Maria boa". Em 1942, recuperado da tentativa de suicídio, lançou o samba "Fez bobagem", grande sucesso na voz de Aracy de Almeida em disco de 78 rpm que tinha ainda no outro lado o samba "Amanhã eu dou". Em 1943, teve gravado por Carmélia Alves na Victor a batucada "Quem dorme no ponto é chofer", que marcou a estréia da futura "Rainha do baião" em disco.

Seu último grande sucesso foi o amargo samba-canção "Boneca de pano" gravado em 1950 pelo conjunto Quatro Ases e um Coringa". Em 1951, teve o baião "Armei a rede", com Arsênio otoni gravado por Renato Braga na Sinter. Em 1953, Ivan de Alencar gravou o samba "Desprezado sonhador", com Júlio Zamorano e Osvaldo Gouveia e Dora Lopes e o Trio Nagô o samba "Projeto 1000", com Salvador Miceli, ambos na Sinter. Em 1954, Nilton Paz gravou na Columbia a batucada "A Maria é a maior", com Alfredo Goinho e Júlio Zamorano. No ano seguinte, teve a marcha "Boas festas" regravada na Copacabana por Altamiro Carrilho e sua bandinha. Em 1956, Luiz Cláudio gravou na Columbia a marcha "Sai de baixo", parceria com Álvaro da Silva. Em 1957, Marlene gravou os sambas-choro "Jarro d'água" e "E o mundo não se acabou". Aurora Miranda a marcha "Cai, cai balão". Em maiode 1958, dois meses após seu suicídio, teve o samba "Lamento" gravado por Jairo Aguiar na Copacabana. Marlene seria a segunda cantora a gravar-lhe todo um long-playing, 10 polegadas pela Sinter com oito dos seus maiores sucessos, incluindo os sambas-choro no LP "Marlene interpreta sucessos de Assis Valente". Neste ainda registrou a marcha "Cai, cai balão".

Após sua morte, suas músicas foram redescobertas. Em 1969, Nara Leão regravou "Fez bobagem" e Maria Bethânia o samba "Camisa listrada". Em 1972, o primeiro LP dos Novos Baianos trazia como faixa de abertura "Brasil Pandeiro", que alcançou grande sucesso. Em 1973, Chico Buarque, Maria Bethânia e Nara Leão cantaram "Minha embaixada chegou" no filme "Quando o carnaval chegar", de Carlos Diégues e Maria Alcina regravou "Maria Boa". Em 1977, a tevê Globo dedicou-lhe todo um programa na série de grandes compositores intitulada "Brasil especial", escrita por Ricardo Cravo Albin e dirigida por Augusto Cesar Vannucci.

Na década de 1980, "Brasil pandeiro" deu título a um programa da TV Globo apresentado pela atriz Beth Faria. Ainda em 1980, Carmen Costa regravou "Boneca de pano". Nos anos 1990, a cantora e compositora Adriana Calcanhoto regravou "E o mundo não se acabou", sem dúvida um de seus sambas mais famosos. Ainda na década de 1990 o musical "O Samba Valente de Assis", sobre a trajetória do compositor, foi encenado no Rio de Janeiro. A música "Brasil pandeiro" voltou a ser extremamente popular em 1994, graças a uma campanha publicitária relacionada à Copa do Mundo. Admirador de sua obra, o escritor e acadêmico Eduardo Portella o considera o maior dentre todos cronistas da MPB e uma das figuras mais interessantes dentre as nascidas na Bahia. Em 2007, estreou no Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil o espetáculo musical "Valente", com direção de Fábio Pilar e com argumento de Colmar Diniz, que segundo definição do diretor, fez uma "fantasia, um delírio pré-suicídio, um vôo da imaginação" que começa retratando o compositor momentos antes de tomar o guaraná com formicida e imaginando os diálogos que não teve com a cantora Carmen Miranda e com o malandro da Lapa Madame Satã. Ao longo do espetáculo são apresentados clássicos do compositor, quase todos interpretados por Marciah Luna Cabral, como "Brasil pandeiro", "Uva de caminhão", "Recenseamento", "E o mundo não se acabou", "Boneca de pano", "Boas Festas" e "Fez bobagem".

Obra

  • A folia chegou
  • A infelicidade me persegue
  • A rosa e vento
  • A saudade me viu
  • A semana findou
  • A vida é boa (c/ Herivelto Martins e Francisco Sena)
  • Abre a boca e fecha os olhos
  • Acabei a paciência
  • Acorda, São João
  • Adivinhação
  • Alegria (c/ Durval Maia)
  • Alegria de palhaço
  • Amanhã eu dou
  • Amor de bamba
  • Ao romper da aurora (c/ Leandro Medeiros)
  • Apresentação
  • Arara (c/ Leandro Medeiros)
  • Armei a rede (c/ Arsênio Ottoni)
  • Badaladas
  • Bate palmas pra mineira
  • Batuca no chão (c/ Ataulfo Alves)
  • Beijinhos
  • Bis (c/ Lamartine Babo)
  • Boas festas
  • Bola preta
  • Boneca de pano
  • Brasil pandeiro
  • Cadê você meu bem
  • Cai, cai, balão
  • Cai, sereno
  • Camisa listrada
  • Cansado de sambar
  • Ciradinha
  • Com água na boca
  • Coração bateu demais
  • Coração que não entende
  • Dança do beliscão (c/ Júlio Zamorano)
  • Deixa contigo
  • Deixa esta, jacaré (c/ Pedro Silva)
  • Deixa isso pra lá (c/ Alvinho)
  • Deixa o passado
  • Deixe de ser palhaço
  • Desprezado sonhador (c/ Júlio Zamorano e Osvaldo Gouveia)
  • Dona Florinda
  • E bateu-me a chapa
  • É do barulho (c/ Zequinha Reis)
  • É duro de se crer?
  • É feio, mas é bom
  • E o mundo não se acabou
  • É ordem do rei (c/ Castor Vargas)
  • E por causa de você, Ioiô
  • É sacrifício demais (c/ Leandro Medeiros)
  • Ela disse que dá
  • Elogio da raça
  • Esquece tudo (c/ Milton Valente)
  • Este samba foi feito pra você (c/ Humberto Porto)
  • Etc.
  • Eu vivia no morro
  • Fala, meu pandeiro
  • Felismina
  • Fez bobagem
  • Foi pouco
  • Good bye, boy
  • Gosto mais do outro lado
  • Isso não se atura
  • Já é de madrugada (c/ Carlos Perry)
  • Já que está deixa ficar
  • Jacaré, te abraça
  • Jarro d'água
  • Jeannette (c/ Lamartine Babo)
  • José do rancho
  • Lamento
  • Levante o dedo
  • Lili... Lili
  • Lulu
  • Madame
  • Mais um balão
  • Mangueira (c/ Zequinha Reis)
  • Marcolina, Marcolina
  • Maria boa
  • Maria é a maior (c/ A Godinho e Julio Zamorano)
  • Me segure
  • Minha embaixada chegou
  • Minha intenção (c/ Nelson Petersen)
  • Motivos musicais
  • Não é proceder (c/ Harold White)
  • Não quero não
  • Não sei pedir seu coração
  • Não sei se é (c/ Leandro Medeiros)
  • Nêga!
  • Negócios de família
  • Ninho desfeito (c/ Hortêncio de Aguiar)
  • Nobreza
  • Noite azul
  • Novela (c/ Leandro Medeiros)
  • O delegado mandou (c/ Osvaldo Gouveia)
  • O dia morreu (c/ Oliveira Freitas)
  • O dinheiro que ganho
  • O meu não dá
  • O samba começou
  • Ô...
  • Oba! Oba!
  • Oi, Maria
  • Olha a direita
  • Olhando o céu todo estrelado
  • Onde canta o sabiá (c/ José Carlos Burle)
  • Pão de acúcar (c/ Artur Costa)
  • Pão-duro (c/ Luis Gonzaga)
  • Para onde irá o Brasil?
  • Patrulha musical
  • Pedacinho de amor
  • Pensei que pudesse te amar
  • Pequena endiabrada (c/ Leandro Medeiros)
  • Põe a chave embaixo
  • Por causa de você
  • Pra lá de boa
  • Pra que amar
  • Pra que você me tentou (c/ Nelson Petersen)
  • Pra quem sabe dar valor
  • Procurando a Josefina
  • Projeto 1000 (c/ Salvador Miceli)
  • Quando eu queria você (c/ Milton Amaral)
  • Que é que a Maria tem
  • Quem dorme no ponto é chauffeur
  • Quem duvidar que apareça
  • Querer bem (c/ Penélope)
  • Quero um samba (c/ Júlio Zamorano)
  • Recadinho de Papai Noel
  • Recenseamento
  • Sai de baixo (c/ Álvaro da Silva)
  • Sapateia no chão
  • Se a gente... quando gostasse
  • Se você deixar
  • Sem você não há prazer
  • Sinos da Penha
  • Só conheço uma
  • Sodade furadeira (c/ Abreu Junior)
  • Sou da comissão de frente
  • Tão grande, tão bobo
  • Té jà
  • Té logo, sinhá
  • Tem francesa no morro
  • Tenho raiva do luar
  • Tive que me mudar
  • Triste verão
  • Tristeza (c/ Zequinha Reis)
  • Um jarro d'água
  • Uva de caminhão
  • Vem comigo (c/ Jocelino Reis)
  • Vestidinho de Iaiá
  • Viva a Penha (c/ Jovaldo Dantas)
  • Você quer ser livre desse mundo (c/ Roberto Azevedo)
  • Vou espalhando por aí

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