Tom Jobim - 2000 - Tom Canta Vinícius (Ao Vivo)
Faixas
1 Soneto da separação
(Tom Jobim, Vinicius de Moraes)
2 Valsa de Eurídice
(Vinicius de Moraes)
3 Serenata do Adeus
(Vinicius de Moraes)
4 Medo de amar
(Vinicius de Moraes)
5 Insensatez
(Tom Jobim, Vinicius de Moraes)
6 Poética
(Vinicius de Moraes)
7 Eu não existo sem você
(Tom Jobim, Vinicius de Moraes)
8 Derradeira primavera
(Tom Jobim, Vinicius de Moraes)
9 Modinha
(Tom Jobim, Vinicius de Moraes)
10 Eu sei que vou te amar
(Tom Jobim, Vinicius de Moraes)
11 Carta ao Tom
(Toquinho, Vinicius de Moraes)
Carta do Tom (Toquinho-Tom Jobim-Chico Buarque)
12 A felicidade
(Tom Jobim, Vinicius de Moraes)
13 Você e eu
(Carlos Lyra, Vinicius de Moraes)
14 Samba do carioca
(Carlos Lyra, Vinicius de Moraes)
15 Ela é carioca
(Tom Jobim, Vinicius de Moraes)
16 Garota de Ipanema
(Tom Jobim, Vinicius de Moraes)
17 Pela luz dos olhos teus
(Vinicius de Moraes)
Crítica
Gravado em janeiro de 1990, no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio, dentro do Ciclo Vinicius de Moraes – Meu Tempo É Quando, este inédito captura um desempenho emotivo de Tom Jobim (1927-1994) homenageando o parceiro Vinicius de Moraes (1913-1980) por intermédio de oito composições da dupla que se tornou entidade da música brasileira moderna. Uma ligação quase mediúnica: ambos morreram em torno dos 67 anos de idade. Apoiado num grupo mais camerístico que a sua Banda Nova, formado apenas pelo filho Paulo Jobim (violão), Jaques Morelenbaum (cello), Danilo Caymmi (flauta) e Paula Morelenbaum (vocais), Jobim (piano e voz) também recria duas pérolas da parceria de Vinicius com outro bossa novista, Carlos Lyra (Você e Eu, Samba do Carioca), além de quatro composições assinadas apenas pelo poeta, Valsa de Eurídice, Serenata do Adeus, Medo de Amar e Pela Luz dos Olhos Teus. O disco é aberto por Jobim cantando o Soneto da Separação de Vinicius, que ele musicou com extremo cuidado. "Tentei não atrapalhar o soneto com a música", garante, modesto. E não economiza elogios ao "talento musical" do poeta na introdução de cada uma de suas obras, do "realmente adorável, saboroso" samba canção Medo de Amar ("vire essa folha do livro/ e se esqueça de mim") à valsinha de "sabor parisiense" Pela Luz dos Olhos Teus. Tom declama ainda Poética (não musicado) e contracanta com a voz alada de Paula Morelenbaum em Samba do Carioca, Ela é Carioca, Insensatez e Eu Não Existo Sem Você e outros clássicos. Antes da inevitável Garota de Ipanema na bem humorada "versão japonesa" (que termina numa célula do estereótipo melódico nipônico e num "arigatô"), Jobim cita outro de seus ídolos literários, Guimarães Rosa. Documento, enlevo e afeição. Precisa mais? (Tárik de Souza)
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