sábado, 19 de abril de 2014

Fagner - LUA DO LEBLON - 1986

Fagner -  LUA DO LEBLON - 1986


1- Dona da Minha Cabeça (Geraldo Azevedo e Fausto Nilo)
2- Lua do Leblon (Lisieux Costa e Fausto Nilo)
3- Os Amantes (Fagner em poema de Affonso Romano de Sant’Anna)
4- Promessa (Dominguinhos e Clodo)
5- Como é Grande o Meu Amor Por Você (Roberto Carlos)
6- Rainha da Vida (Fagner em poema de Ferreira Gullar)
7- Sabiá (Luiz Gonzaga e Zé Dantas)
8- Telefone (Fagner)
9- Forró do Gonzagão (Gonzaguinha)
10- Cantigas (Alberto Nepomuceno e D. Branca Calaço)

        O ano de 1986 foi de muitas mudanças na vida de Raimundo Fagner. Descontente com a CBS que não vinha realizando um bom trabalho na divulgação do seus elepês - principalmente com o ''DEIXAR VIVER'', de 1985 - o cantor preferiu não continuar na gravadora, e depois de doze anos, resolveu apostar todas as fichas em uma nova casa, a RCA. ''Mudei de gravadora como se muda qualquer coisa na vida - disse Fagner. Não foi por motivos financeiros, porque a CBS me ofereceu um contrato altíssimo. Mas 12 anos são mais que um casamento. Tem um ponto que a gente satura e eu já estava sentindo a necessidade de trabalhar com outras pessoas. A CBS se tornou uma coisa fria para mim. Acho que a prioridade deve ser dada ao trabalho, um trabalho com sentimento.''
        No elepê - lançado inicialmente em Fortaleza, no dia 13 de outubro, data do seu aniversário - que leva apenas o nome do cantor, Fagner, que sempre produziu seus discos, deixou a função a cargo de Guto Graça Melo. ''FAGNER'' (RCA, 1986, No. 103.0680), o disco, é um trabalho bem mais maduro, variado, competente e sutilmente romântico, embora parecido, é bem diferente do padrão adotado anteriormente por Fagner.
        Com direção artística de Miguel Plopschi; participações especiais de Gonzaguinha e Isaac Karabtchevisky; gravado nos estúdios Som Livre, Transamérica e Floresta; arranjos de Lincoln Olivetti, Reinaldo Arias, Chiquinho de Moraes, Robertinho de Recife, Guto Graça Melo, além do próprio Fagner, o elepê tem dez faixas: Dona da Minha Cabeça (Geraldo Azevedo e Fausto Nilo), Lua do Leblon (Lisieux Costa e Fausto Nilo), Os Amantes (Fagner em poema de Affonso Romano de Sant’Anna), Promessa (Dominguinhos e Clodo), Como é Grande o Meu Amor Por Você (Roberto Carlos), Rainha da Vida (Fagner em poema de Ferreira Gullar), Sabiá (Luiz Gonzaga e Zé Dantas), Telefone (Fagner), Forró do Gonzagão (Gonzaguinha) e Cantigas (Alberto Nepomuceno e D. Branca Calaço) uma modinha de 1903. De todas, somente as faixas Sabiá, Cantigas e Como é Grande o Meu Amor Por Você são regravações.
        Primeiro elepê para a RCA Victor e a primeira confusão a ser resolvida pela gravadora. O problema surgiu devido a superexecução em rádios da música Dona da Minha Cabeça, de Geraldo Azevedo e Fausto Nilo e carro-chefe do disco de Fagner. Explicaremos: Raimundo Fagner ouviu a música quando Geraldo Azevedo - juntos na mesma companhia - estava gravando o disco ''DE OUTRA MANEIRA'' (RCA, 1986, No. l09.0157) com lançamento no mercado previsto para antes do de Fagner. O cantor pediu então a canção garantindo não colocá-la como música de trabalho e deixando-a para ser o carro-chefe do elepê de Geraldinho Azevedo, o que não aconteceu. Os dois álbuns saíram quase simultaneamente e a RCA preferiu trabalhar o elepê de Fagner causando a briga entre os dois cantores.
        Com Dona da Minha Cabeça, o elepê de Fagner recebeu dois Discos de Platina por vendas superiores a 300 mil exemplares e ainda dois troféus ortogados pela SOCINPRO (Sociedade Brasileira de Intérpretes e Produtores Fonográficos), como Melhor Compositor e Melhor Intérprete. O troféu foi criado em 1979 pelo querido Carlos Galhardo com o objetivo de ''premiar os associados que mais se destacaram durante o ano na arrecadação, interpretação, produção fonográfica e na música.''

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