domingo, 27 de outubro de 2013

Pink Floyd - The Final Cut - 1983

Pink Floyd - The Final Cut - 1983


1- "The Post War Dream" - 3:02
2- "Your Possible Pasts" - 4:22
3- "One of the Few" - 1:23
4- "The Hero's Return" - 2:56
5- "The Gunner's Dream" - 5:07
6- "Paranoid Eyes" - 3:40
7- "Get Your Filthy Hands Off My Desert" - 1:19
8- "The Fletcher Memorial Home" - 4:11
9- "Southampton Dock" - 2:13
10- "The Final Cut" - 4:46
11- "Not Now John" - 5:01
12 "Two Suns in the Sunset" - 5:14


The Final Cut é um álbum de rock do Pink Floyd gravado no Reino Unido na segunda metade de 1982 e lançado no início do ano seguinte. Com certeza um dos discos mais controversos da banda pois Roger Waters quase não teve a ajuda de seus companheiros de banda. Portanto pode ser considerado um trabalho solo de Waters. Podemos ver isso claramente na frase escrita na contracapa: "Uma obra de Roger Waters, executado por Pink Floyd".

Características gerais

O álbum foi dedicado ao pai de Roger Waters (Eric Fletcher Waters). Ainda mais sombrio em sonoridade que o The Wall, esse álbum re-examinou vários temas discutidos do mesmo, mas se dirigindo a fatos da época, incluindo a raiva de Waters da participação da Inglaterra na Guerra das Malvinas, a culpa que ele colocou nos líderes políticos ("The Fletcher Memorial Home"). E conclui com uma visão cínica de uma possível guerra nuclear ("Two Suns in the Sunset"). Michael Kamen e Andy Bown contribuíram com trabalho de piano, por causa da saída de Richard Wright (que não foi formalmente anunciada antes do lançamento do álbum).
Apesar de tecnicamente ser um álbum do Pink Floyd, o nome da banda não aparece escrito no encarte do LP, somente atrás aparece: "The Final Cut - Um réquiem para o sonho do pós-guerra por Roger Waters, tocado pelo Pink Floyd: Roger Waters, David GIlmour e Nick Mason". Roger Waters recebeu os créditos totais para o álbum, o que se tornou um protótipo do som que ele faria em próximos álbuns em sua carrreira solo. Waters disse que ele sugeriu lançar o álbum como um álbum solo, mas o resto da banda rejeitou a ideia. No entanto, no seu livro Inside Out, Nick Mason diz que isso nunca aconteceu. Gilmour declarou que pediu a Waters para segurar o lançamento do álbum, para que então pudesse escrever material suficiente para contribuir, mas esse pedido foi negado. O tom da canção é bastante similar ao do The Wall mas também mais quieto e suave, lembrando canções como "Nobody Home" mais do que "Another Brick in the Wall (Part 2)", por exemplo. Ele também é mais repetitivo, com certos temas que aparecem repetidamente pelo álbum. Teve somente sucesso moderado com os fãs (atingindo 1º lugar no Reino Unido e 6º nos EUA), mas recebeu razoáveis elogios do críticos.
O álbum teve um pequeno hit, "Not Now John", a única faixa hard-rock do álbum (e a única em particular em ter Gilmour cantando). As discussões entre Waters e Gilmour nesse ponto eram tão ruins que eles supostamente não eram visto gravando no mesmo estúdio simultaneamente. Gilmour disse que ele queria continuar a fazer rock de boa qualidade, e sentiu que Waters estava construindo sequências de peças de canções meramente como um veículo para suas letras críticas sociais. Waters diz que seus companheiros de banda nunca entenderam completamente a importância dos comentários sociais que ele fazia. Pelo fim da gravação, o crédito de co-produção de Gilmour foi tirado do encarte do álbum (apesar de ele ter recebido os direitos autoriais). Não houve turnê para esse álbum, apesar de as canções do álbum terem sido apresentadas por Waters em suas futuras turnês solo.

História

Gravado em vários estúdios ingleses entre Julho e Dezembro de 1982, o LP foi editado no Reino Unido em 21 de Março de 1983 e nos Estados Unidos em 2 de Abril. Originalmente agendado para ser a banda sonora do filme da banda "The Wall", evoluiu para se tornar em mais um álbum conceitual, marchando contra a guerra e com o subtítulo de "A requiem for the post war dream" ("uma elegia para o sonho do pós-guerra").
The Final Cut chegou a Nº 1 de vendas nas tabelas do Reino Unido e a Nº 6 nos Estados Unidos. Em 23 de Maio de 1983, The Final Cut chegou a disco de ouro e platina e em 31 de Janeiro de 1997 atingiu a dupla platina.
O álbum parece ser divido em duas histórias separadas que se intercalam:
Uma parece ser a visão de Waters sobre os problemas do mundo actual (faixas 1, 5, 7, 8, 9, 11, 12), muitas destas são sobre a Guerra das Malvinas e condenam Margaret Thatcher, Ronald Reagan e Menahem Begin, entre outros. Waters expõe também a sua visão do mundo e termina o álbum com um holocausto nuclear que ele teme poder vir a acontecer.
Há também uma pequena história sobre a paranóia de um veterano da II Guerra Mundial (faixas 2, 4, 6 e 10) presumivelmente por ter estado envolvido no bombardeamento a Dresden. As canções também reportam as memórias de Waters sobre a guerra (Your possible pasts), culpando a escola pelos seus problemas (One of the Few, The Hero's Return), lamentando a sua vida (Paranoid eyes) e chegando quase ao suicídio (The final cut).
“Not now John” foi editado em single (sendo o verso “fuck all that” dobrado para “stuff all that” e tendo no lado 2 uma versão mais comprida de “The Hero's Return”. Foi também feito um vídeo EP para acompanhamento de quatro das canções do álbum e realizado pelo (na altura) cunhado de Waters.
Em 1986, o álbum foi editado em CD. Em 1994 foi reeditado com nova mistura digital. Para comemorar o 21º aniversário do lançamento foi editado em 19 de Março de 2004 com nova mistura e nova embalagem, contendo a faixa “When the tigers broke free”, anteriormente apenas acessível em single ou na banda sonora do Filme “The Wall”.

Créditos

Banda

David Gilmour - guitarra e violão
Roger Waters - baixo,violão e vocais
Nick Mason – bateria

Participações

Michael Kamen – acordeão, piano
Andy Brown – órgão hammond
Ray Cooper - percussão
Andy Newmark – bateria em "Two Suns In The Sunset"
Raphael Ravenscroft – saxofone tenor
The National Philharmonic Orchestra - arranjos e direcção de Michael Kamen


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