sábado, 19 de abril de 2014

Fagner - ETERNAS ONDAS - 1980

Fagner - ETERNAS ONDAS - 1980


1- Eternas Ondas (Zé Ramalho)
2- Dois Querer (Raimundo Fagner/Brandão)
3- Canção Brasileira (Sueli Costa/Abel Silva)
4- Vento Forte (Raimundo Fagner/Fausto Nilo)
5- Morena Penha (Petrúcio Maia/Manassés)1
6- Oh! My Love (John Lennon/Yoko Ono
      - texto em português Frederico Mendes e Raimundo Fagner)
7- Reizado (Caio Silvio/Ferreirinha)
8- Quixeramobim (Nonato Luiz/Fausto Nilo)2
9- Vaca Estrela e Boi Fubá (Patativa do Assaré)

Raimundo Fagner consumiu quase cinco milhões de cruzeiros na produção do álbum que leva apenas o seu nome. Alguns críticos teimam em chamá-lo de ‘‘VENTO FORTE’’ (CBS, No. 230.040).    
     Gravado em 24 canais no estúdio Transamérica, no Rio de Janeiro entre os meses de agosto e outubro de 1980 o disco é um luxo só. Com direção artística e de produção do próprio Raimundo Fagner o disco tem arranjos de Oberdam Magalhães, Zé Alves, Sivuca, Naná Vasconcelos, Nonato Luiz e Santarén.  No lado instrumental  estão  Zé Ramalho,  Manassés, Robertinho de Recife, Ife, Cândido, Zé Carlos, Naná Vasconcelos, Oberdan, Serginho Trombone, Darcí, Bidinho, Barrosinho, Carlos, Leo Gandelman, Lincoln Olivetti, Nonato Luiz, Petrúcio Maia, Antônio Santana, Beto Saroldi, Zé Alves, Aizik, Arlindo Penteado, Alceu Reis, Egberto Gismonti, Novelli, Sivuca, Giancarlo Pareschi, João Daltro, Virgílio Arraes, André Charles, Walter Hack, Carlos Hack, Jorge Faini, José Dias, Robert Edoard, Paschoal Perrota, Nelson Macedo, Frederick Stefani, Hindemborgo Borges, Watson Clis, Márcio Mallard, Jorge Kondert, Gilson, Dino, Pedro Silveira, Dominguinhos e Raimundo Fagner.
     O elepê tem apenas nove canções e com exceção de Sueli Costa, Abel Silva e Frederico Mendes todos os compositores são do Nordeste: Eternas Ondas (Zé Ramalho), Dois Querer (Raimundo Fagner/Brandão), Vento Forte (Raimundo Fagner/Fausto Nilo), Morena Penha (Petrúcio Maia/Manassés), Reizado (Caio Sílvio/Ferreirinha), Quixeramobim (Nonato Luiz/Fausto Nilo), Vaca Estrela e Boi Fubá (Patativa do Assaré). Sueli Costa e Abel Silva comparecem com Canção Brasileira e, pela primeira vez em disco Raimundo Fagner gravou e dividiu com Frederico Mendes a letra de uma versão para a música Oh! My Love, um clássico de Jonh Lennon e Yoko Ono registrada originalmente em 1971, no álbum ‘‘IMAGINE’’ (Odeon, No. 066.04914). Raimundo Fagner soube como ninguém homenagear um dos maiores músicos do século, covardemente assassinado por Mark David Chapman, a sangue frio em Nova Iorque, no dia 8 de dezembro de 1980, poucos meses depois do lançamento do elepê. Uma premonição?
     A gravadora continental, aproveitando a enorme massificação do nome de Raimundo Fagner no ano de 1980, lançou o elepê ‘‘JUNTOS - FAGNER & BELCHIOR’’ (Phonodisc, No. 001.701.002) disco que é uma copilação de algumas faixas do ‘‘AVE NOTURNA’’ (Ave Noturna, Estrada de Santana, Fracassos, Astro Vagabundo, Beco dos Baleiros, Riacho do Navio) e do primeiro álbum de Belchior para a gravadora, ainda em 1973 (Na Hora do Almoço, Todo Sujo de Batom, Máquina II, A Palo Seco, Passeio, Mote e Glosa).
     O mesmo oportunismo fez com que a Polygram colocasse de volta às prateleiras o primeiro elepê de Raimundo Fagner, o ‘‘MANERA FRU FRU, MANERA’’ (Philips, Fontana, 1980, No. 6488.101). Retirado de catálogo em junho de 75, voltou às lojas em junho de 76 graças a crescente execução da faixa Canteiros nas rádios de todo o País, sendo novamente retirado da praça justamente pela mesma música no processo movido pela herdeiras de Cecília Meireles. A nova edição do elepê vem sem Canteiros, pois o processo ainda continuava em julgamento.
     Mas a melhor notícia do ano de 1980 foi a escolha de Raimundo Fagner como Melhor Cantor do Prêmio Playboy de MPB pela Segunda vez consecutiva. O prêmio foi dividido com Cauby Paixoto. Em 1979, Raimundo Fagner dividiu o título Roberto Carlos.

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